Muitos de nós professores, já pedimos aos nossos alunos actividades de trabalho de grupo, em que a informação recolhida pudesse ser feita através de pesquisas via Internet. As orientações que damos (sem querer generalizar) aos nossos alunos incidem, apenas, na forma como poderão fazer a pesquisa, limitamo-nos a indicar o motor de pesquisa (geralmente o google ), a informá-los que devem introduzir uma palavra relacionada com tema do trabalho e a tentar abrir os diversos sites que aparecem, de forma a encontrar a informação pretendida.
A título de exemplo, se colocarmos a palavra poluição no motor de pesquisa, aparecem 4.800.000 (até a data desta publicação) possibilidades de consultas de sites. Se para nós não é nada fácil procurarmos a informação que pretendemos nessa quantidade de sites, imaginem para crianças de 10-13 anos a complexidade que será essa procura.
Para além da quantidade de sites a pesquisar também se põe o problema da credibilidade da informação disponibilizada pelos sites, tendo em conta a exactidão científica da informação.
Para resolver estes problemas, o professor pode sempre recorrer às WEBQUESTS . A webquest é “uma proposta de trabalho a ser desenvolvida em grupo, disponibilizada on-line, concebida e implementada por professores para ser resolvida por alunos, tirando partido da informação existente na web” (Dodge , 1995).
Na construção da webquest , o professor deve sempre fazer uma pesquisa de sites para avaliar o rigor do seu conteúdo e da sua adequação à idade dos seus alunos. Assim, os alunos apenas consultam os sites, seleccionados pelo professor, com conteúdo relevante para a elaboração do trabalho. Para além da disponibilização dos sites a consultar, a webquest orienta o aluno em todo o processo de resolução do trabalho e expõe a forma como os alunos vão ser avaliados.
Esta estratégia de aprendizagem, que constitui uma actividade orientada para a pesquisa em que toda ou quase toda a informação se encontra na Web , promove o desenvolvimento de competências como a autonomia, o espírito colaborativo, a cooperação, a partilha de experiências, o confronto de ideias e a selecção crítica da informação.
Alguns links de webquests :
De Daniela a 1 de Maio de 2007 às 07:54
Boa abordagem sobre a "webquest". É uma verdade quando diz que os professores, ou muitos professores, solicitam uma pesquisa, mas sem a mínima orientação. Recordo-me quando à cerca de um ano atrás ajudei uma prima (6.º ano) a fazer um trabalho em power point (refira-se que ela nunca tinha trabalhado com esta ferramenta!), solicitado pela professora de música sobre um compositor. Após uma pesquisa, lá está, no Google, os resultados e dificuldades foram os seguintes:
- grande quantidade de informação;
- seleccionar o que era realmente pertinente para o trabalho;
- não copiar literalmente a informação disponibilizada.
Bom, contei esta história para reafirmar o que disse e, já agora, um alerta. Lá por estarmos numa nova era, a era tecnológica, não podemos dispor dela (tecnologia) como bem entendermos. A sua utilização deve garantir um real e efectivo sucesso das aprendizagens dos nossos alunos!!!
Gostei muito da tua reflexão neste post e da forma como o estruturaste! Está muito interessante e é um óptimo contributo para todos os colegas.
Parabéns!
É um passo em frente na pesquisa orientada para os alunos.A Internet é um mar imenso de conteúdos e a sua procura especifica queima a maior parte so tempo. Com Webquests consegue-se orientar para os tais conteúdos que realmente se precisam não se gastando imensos recursos de tempo na procura. Reflexão pertinente.
É um passo em frente na pesquisa orientada para os alunos.A Internet é um mar imenso de conteúdos e a sua procura especifica queima a maior parte so tempo. Com Webquests consegue-se orientar para os tais conteúdos que realmente se precisam não se gastando imensos recursos de tempo na procura. Reflexão pertinente.
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